sexta-feira, 23 de março de 2012

Um diamante chamado Marcela

Fonte: http://diasimdiatambem.com/2008/08/04/um-diamante-chamado-marcela/


Um diamante chamado Marcela

Posso estar tranqüila assim, mas que eu estou sofrendo, estou. Mas eu fiz a escolha certa. Eu deixei ela viver o tempo dela. O tempo que Deus permitiu que ela vivesse. Chegou o momento. Ele me deu uma jóia, um diamante para eu cuidar e eu cuidei até quando Ele veio buscar.” – Cacilda Galante Ferreira, agricultora, mãe de Marcela de Jesus Ferreira, durante o velório da filha anencáfala (sem cérebro) nascida em Patrocínio Paulista (SP).
Um ano, oito meses, doze dias e um velório por onde passaram 1.500 pessoas. O falecimento da pequena Marcela de Jesus Ferreira, o bebê anencéfalo que desafiou a medicina, nada teve a ver com a ausência do cortéx cerebral, não se tratou de falência dos órgãos. Marcela sofreu uma parada respiratória e na última sexta-feira, 1 de agosto, seu exemplo de superação chegava ao fim.
Para a pediatra de Marcela, Márcia Beani Barcellos, não há dúvidas de que a vida da menina foi um exemplo de que um diagnóstico médico não pode ser considerado definitivo. Quando Marcela nasceu a medicina lhe deu apenas algumas horas de vida.
O milagre da vida da pequena levantou suspeitas de que ela não seria, de fato, um bebê anencéfalo. No entanto médicos de diversas especialidades constataram, após terem acesso ao laudo e às imagens da ressonância magnética feita na menina, que de fato a deficiência do bebê era mesmo anencefalia.
Apesar de ser alimentada por sonda e ter à sua disposição um concentrador de oxigênio, a neném podia respirar sozinha – e o fazia especialmente quando saía de casa, fato do qual a pediatra Márcia foi testemunha.
Marcela de Jesus Ferreira teve seu nome escolhido em homenagem ao Padre Marcelo Rossi. O bebê foi sepultado vestindo uma camiseta com a imagem de Nossa Senhora, calça jeans e sapatinhos.
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