sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Isto é o Natal!

Não sei ao certo se eu "penso, logo existo" ou se "existo, logo penso"!

Uma coisa é certa: eu existo... e penso também! Mas não existo sozinho: existe um imenso universo ao meu redor com várias galaxias, estrelas, planetas, países, pessoas, animais, plantas e tudo mais. Como entender tudo isso? Certa vez, Einstein disse: "Tente penetrar, com os nossos meios limitados, os segredos da natureza. Você vai descobrir que, por trás de todas as concatenações discerníveis, há algo sutil, intangível e inexplicável." (Revista Galileu - Ed.196 - Nov/2007)

E nesta época do ano - Dezembro - comemoramos um evento grandioso que mudou toda a história da humanidade e nos ajuda a entender a razão da nossa existência. Este foi o evento grandioso que comemoramos: "nasceu para nós hoje um menino, um filho nos foi dado." (Is 9, 5)

Aquilo que existia antes do cosmos e que depois sempre esteve em comunicação conosco - pelo menos sempre quis se comunicar conosco - viu que apenas confiando em nossas potencialidades não seríamos capaz de nos comunicarmos com Ele. Por isso, na plenitude dos tempos, Ele enviou seu filho, que "se fez carne e habitou entre nós" para que assim Ele pudesse nos conduzir para o seu plano de amor. "Foi Ele que abriu o seu Céu e se abaixou para conduzir o homem ao abismo de seu amor." (Bento XVI - catequese 05/12/12)

Este evento aconteceu há mais de 2000 anos e até hoje somos convidados a refletir nossa existência com base neste evento. Assim, este evento que todos os anos comemoramos e festejamos nos ajuda a pensarmos em nossas existências e a compreender a razão de existir!

Este evento é o Natal!

Isto é o Natal: o nascimento deste menino que veio nos conduzir para o seu plano de amor deixando um ensinamento fundamental: "amai-vos uns aos outros como Eu vos amei." (Jo 13, 34)

E como ele nos amou? Se doando por nós numa cruz!

Porem a cruz não o venceu.

Ele vive e quer que todos nós tenhamos vida plena, pois Ele disse: "eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância"! (Jo 10, 10)

Isto é o Natal: o maior evento de todos os tempos que ainda hoje nos ajuda a refletirmos nossa existência em meio a tudo o que existe e a buscarmos esta vida em abundância na certeza de que um dia viveremos para sempre com Ele.

Não dá para ignorar este grande evento mesmo quando querem nos desviar do verdadeiro significado do Natal. Por dois anos consecutivos recebi no meu emprego um cartão de 'fim de ano' onde não existia a expressão Feliz Natal! O Feliz Natal foi substituído pelo "boas festas"! Festas? O que estamos festejando afinal?

Não nos esqueçamos: comemoramos o nascimento do menino Jesus!

Isto é o Natal!




Um feliz e santo Natal a todos e um excelente Ano Novo!
Marcelo.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

O desastre do controle da natalidade no Brasil.


 


Em 1950, a taxa de natalidade no Brasil era de 6,2 filhos por mulher; em 1970 baixou para 4,7; em 1990 caiu para 2,6; em 2010 caiu para 1,8 e em 2010 será de 1,7 filhos  por mulher [1].
Este comportamento é extremamente negativo para o Brasil. Enquanto o Japão tem 330 pessoas por km quadrado, o Brasil tem apenas 20; e o Japão é muito mais evoluído, justo socialmente e não tem os problemas sociais que temos. Gente de menos não resolve nenhum problema social.
O Editorial da Folha de SP de 16/11/2012 [2], diz: “Projeções demográficas ameaçam o crescimento do PIB apoiado na absorção de mão de obra; atrair imigrantes é uma alternativa a considerar”.
Quer dizer, o Brasil, precisa contratar imigrantes para dar conta do trabalho. A matéria da Folha diz que o ritmo crescente de  incorporação de trabalhadores dificilmente continuará por causa da queda drástica da natalidade no país.
Diz o Jornal que: “A população em idade de trabalhar começará a declinar no país por volta de 2030 – quando terá atingido o auge de 150 milhões. O padrão de crescimento do PIB baseado na absorção de mão de obra disponível está, portanto, ameaçado”. A solução será buscar imigrantes na Europa, em países sul americanos e caribenhos.
Falando desse problema, o secretário da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) disse (14/11/2012- Agência Ecclesia) que a baixa taxa de natalidade no país coloca um problema de “sobrevivência” ao seu povo, pedindo mudanças políticas que favoreçam as famílias. O porta-voz do episcopado, padre Manuel Morujão, comentando os dados da Organização das Nações Unidas que indicam que em Portugal nascem apenas 1,3 filhos por cada mulher, fala em problema de “sobrevivência de um povo”. “Esses números são um alerta à consciência social de todos, particularmente de quem nos governa”. E acentuou que este não é um “assunto marginal”, mas “um problema de subsistência, de sobrevivência, e de uma cultura altruísta que é preciso também implementar”. “Se eu penso só no meu conforto e no meu bem-estar social, certamente irei na linha dessas políticas, que são de retrocesso, de andar ao contrário da história”, alertou o sacerdote jesuíta.
O porta-voz da Conferência dos Bispos de Portugal, destacou as consequências deste “inverno demográfico” no próprio Estado Social. “Os serviços de saúde, de previdência social colapsarão porque será um pequeno número de pessoas a trabalhar para uma imensa população que está aposentada”, observou.
Nesse sentido, o padre Manuel Morujão defendeu a necessidade de implementar medidas que “facilitem e não dificultem que os casais possam ter filhos, e não apenas um”.
É lamentável que os problemas da vida sejam resolvidos com a ótica pobre, egoísta e comodista de eliminar a própria vida; e impedi-la de existir.
O Brasil tem espaço sobrando, terra em abundância, água à vontade, sol o ano inteiro e chuva em abundância, além de ter um subsolo riquíssimo com metais nobres e caros, muito petróleo, etc. O Japão, que nada disso tem, está fazendo campanha para aumentar a natalidade, bem como os países da Europa.
O povo brasileiro, que pouco ou nada entende de demografia e seus efeitos, ainda não percebeu o perigo deste controle drástico da natalidade, que a Igreja tanto condena. A Igreja ensina a paternidade responsável; isto é, o casal católico só deve limitar a natalidade dos seus filhos se for necessário. O filho é uma bênção de Deus, e não uma maldição. Diz o Catecismo que “os filhos são o dom mais excelente do Matrimônio e constituem um benefício máximo para os próprios pais” (§ 2378). 
“A fecundidade é um dom, um fim do matrimônio, porque o amor conjugal tende a ser fecundo. O filho não vem de fora acrescentar-se ao amor mútuo dos esposos; surge no próprio âmago dessa doação mútua, da qual é fruto e realização. A Igreja ‘está ao lado da vida’, e ensina que qualquer ato matrimonial deve estar aberto à transmissão da vida” (§ 2366 ).
Não há alegria maior nesta vida do que uma família bem constituída com filhos educados e formados na lei de Deus. O salmo 126 diz com todas as letras: “Vede, os filhos são um dom de Deus: é uma recompensa o fruto das entranhas”. “Feliz o homem que assim encheu sua aljava…” (Sl 126, 3-5).
Prof. Felipe Aquino