Até o ano de 2010 a grande mídia, o
governo, os partidos políticos de esquerda e ONGs ligadas ao movimento
pró-aborto apresentavam o aborto como uma unanimidade nacional. Nas reportagens
da grande mídia, nos discursos políticos, nos projetos de Lei, principalmente
do PT, e nos encontros organizados por entidades pró-aborto só se falava que o
aborto era uma necessidade nacional, que o povo brasileiro queria e precisa
desesperadamente da legalização do aborto e coisas semelhantes. Até o ano de
2010, se dizia, por exemplo, que era preciso se fazer um amplo debate sobre o
aborto e que apenas uma minoria de reacionários e conservadores é que eram
contrários a essa prática.
Nas eleições presidenciais de 2010,
quando a então defensora do aborto, a Sra. Dilma Rousseff, mudou de ideia e
passou a ser defensora da vida humana, a sociedade brasileira resolveu seguir o
conselho da grande mídia, do governo, do PT e de outros grupos favoráveis ao
aborto, ou seja, a sociedade resolveu debater, de forma aberta, a questão do
aborto. Esse debate se deu principalmente por meio da internet.
Curiosamente, ao contrário do que se
dizia na grande mídia, no governo e em outros setores pró-aborto, a sociedade
civil brasileira se apresentou majoritariamente contrária a legalização do
aborto. Inclusive o tema do aborto, que foi colocado de forma indireta por meio
de blogueiros independentes, terminou mudando o rumo da campanha eleitoral de
2010. Uma campanha que estava destinada a ser sem graça, sem novidades e ter o
coroamento da vitória esmagadora da candidata do PT no primeiro turno. Por
causa do apoio a legalização do aborto a então candidata, a Sra. Dilma
Rousseff, quase perdeu a eleição e deve que mudar de opinião. O aborto foi o
diferencial na campanha eleitoral de 2010.
O que vimos em 2010 foi que, ao
contrário do que se dizia na época, a sociedade brasileira não é a favor dessa
prática desumana e não são grupos minoritários que criticam essa prática. Pelo
contrário, a grande maioria da população faz duras e severas críticas ao
aborto. Devido a isso, de forma surpreendente, o aborto simplesmente sumiu da
pauta da mídia, do governo, do PT, das ONGs, etc. Parece até que nunca se falou
de aborto no Brasil.
O problema é que em 2012 teremos novas
eleições. Dessa fez para prefeitos e vereadores. É claro que prefeitos e
vereadores não criam ou modificam as leis, mas são agentes políticos e, por
causa disso, têm poder de influenciar na construção das leis. Sem contar que a
prefeitura de algumas cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, têm projeção e
influência política nacional, incluindo o congresso. Por causa disso as
eleições 2012 são importantes tanto a nível nacional como dos interesses
políticos no congresso.
Um dos temas que, com toda certeza,
voltará à pauta é o aborto. Por mais que a grande mídia, o governo, o PT e
outros setores políticos tentem apagar e abafar, esse é um tema que está sendo
discutido e debatido nas ruas. As ruas falam uma linguagem diferente daquela
que é falada pela mídia e pelos partidos políticos. As ruas falam do aborto e
querem saber o que pensam os candidatos a prefeitos e a vereadores. O povo
brasileiro não quer que o aborto seja legalizado e, por isso, está curioso para
saber o que pensam os candidatos sobre esse e outros temas morais.
Por exemplo, em São Paulo, grande e
importante colégio eleitoral, qual a posição do pré-candidato ou candidato
Fernando Haddad (PT) sobre o aborto e outros temas morais? Vale salientar que
até poucos dias atrás ele era o ministro da educação, um importante e
estratégico ministério. Um ministério que deve, teoricamente, promover a
educação do cidadão brasileiro. Então, o que pensa o ex-ministro sobre o aborto
e outros temas?
Ivanaldo Santos (ivanaldosantos@yahoo.com.br)
Filósofo
Fonte: http://www.heitordepaola.com/
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