Vale a pena acompanhar e divulgar o maravilhoso trabalho do Pe. Lodi em favor da vida. Site: http://www.providaanapolis.org.br/
A partir de hoje começarei a disponibilizar os conteúdos do Pe. Lodi neste blog.
Boa leitura!
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(por enquanto, o vermelho está apenas na tinta)
Em
1966, o líder do Partido Comunista Chinês, Mao Tsé-tung, iniciou na China uma
campanha chamada “Revolução Cultural”, destinada a combater os seus
opositores de dentro do Partido. Grupos de jovens conhecidos como “Guarda
Vermelha”, tendo nas mãos o “Livro Vermelho” (coletânea de citações de
Mao), atacavam todos os suspeitos de deslealdade política ao regime. Fábricas
e universidades foram fechadas, professores foram espancados, intelectuais
tiveram que trabalhar no campo. As cores dos semáforos foram invertidas:
parava-se no sinal verde e avançava-se no sinal vermelho.
*
* *
Em
2008, pela primeira vez o município de Anápolis elegeu um prefeito do Partido
dos Trabalhadores (PT): Antônio Roberto Otoni Gomide. Em seu mandato de 2009 a
2012, a cidade foi pintada de vermelho. As fachadas das repartições públicas,
o uniforme dos funcionários, os brinquedos das praças, as luminárias dos
postes, as lixeiras dos parques, os ladrilhos das calçadas, as placas de
sinalização, tudo passou a exibir a cor do PT.
Quanto aos sinais de trânsito, ao menos por enquanto eles não foram
invertidos. No entanto, uma tarja vermelha passou a cobrir a haste vertical dos
novos semáforos.
Essa
decisão de avermelhar a cidade tem um significado preciso: Anápolis pertence
ao PT. É ao PT que o cidadão anapolino deve agradecer quando vê qualquer obra
pública. O povo não deve pensar no verde-amarelo da bandeira nacional e da
bandeira do Estado de Goiás. Deve substituir a reverência à pátria pelo
culto a um Partido.
Nos
países comunistas, o Estado e o Partido se confundem. Assim ocorre na China e
em Cuba. Assim o PT pretende que ocorra no Brasil.
O
vermelho de sangue
Mais
assustador do que as ruas, praças e viadutos pintados de vermelho é o perigo
de a prefeitura e/ou a Câmara Municipal aprovarem alguma medida para favorecer
o aborto.
Convém
lembrar, mais uma vez, que o 3º Congresso do Partido dos Trabalhadores (PT),
ocorrido entre agosto e setembro de 2007, aprovou a resolução “Por um
Brasil de mulheres e homens livres e iguais”, que inclui a “defesa da
autodeterminação das mulheres, da descriminalização do aborto e
regulamentação do atendimento a todos os casos no serviço público”[1].
Convém
lembrar ainda que essa resolução pró-aborto deve ser acatada por todos os políticos
filiados ao Partido. Para ser candidato pelo PT é obrigatória a assinatura do Compromisso
Partidário do Candidato ou Candidata Petista, que “indicará
que o candidato ou candidata está previamente de acordo com as normas e
resoluções do Partido, em relação tanto à campanha como ao exercício
do mandato” (Estatuto do PT, art. 140, §1º[2]).
Ou seja:
Todo político filiado ao PT é comprometido
com o aborto.
O
PT cobra coerência com esse compromisso. Se um político contrariar uma resolução
como essa, que apoia o aborto, “será
passível de punição, que poderá ir da simples advertência até o
desligamento do Partido com renúncia obrigatória ao mandato” (Estatuto
do PT, art. 140, §2º). Essa ameaça já foi cumprida. Em
17 de setembro de 2009, dois deputados, Luiz Bassuma (PT/BA) e Henrique Afonso
(PT/AC) tiveram seus direitos partidários suspensos pelo Diretório Nacional. O
motivo alegado é que eles “infringiram
a ética partidária ao ‘militarem’ contra resolução do 3º Congresso
Nacional do PT a respeito da descriminalização do aborto”[3].
Com essa punição, o PT deu uma mensagem clara aos cidadãos brasileiros:
“Se você quer militar contra o aborto, não
entre no PT”.
Com
essa mensagem, seria de se esperar que nenhum cristão votasse mais nesse
Partido. No entanto, lamentavelmente, em 7 de outubro de 2012, o prefeito Antônio
Gomide (PT) foi eleito com 88,93% dos votos válidos. Quanto à Câmara
Municipal, houve uma sensível mudança. Hoje apenas uma vereadora pertence ao
PT. Dos 23 vereadores eleitos para o próximo mandato, 6 são filiados ao PT. O
Partido passou a ter a maior bancada junto à Câmara. Com isso, será muito
mais fácil para o PT pôr em prática seus propósitos.
Alguns
esclarecimentos
Impressionados
com a quantidade de obras públicas feitas durante o último mandato – todas
elas cuidadosamente pintadas de vermelho – os eleitores de Anápolis decidiram
em massa reeleger o atual prefeito petista. Afinal – diziam – o que importa
é o candidato, não o partido.
Enganaram-se:
segundo o Estatuto do PT, o que importa primeiramente é o partido. “O
Partido concebe o mandato como partidário” (art. 70, Estatuto do PT).
Desde o pedido de indicação como pré-candidato, o filiado reconhece de modo
expresso que “todo mandato eletivo
pertence ao Partido” (art. 73, I, Estatuto do PT). Note-se bem o que
diz o Estatuto: o mandato do prefeito não pertence aos eleitores que o
elegeram; pertence ao Partido dos Trabalhadores! Também o mandato dos
vereadores petistas não pertence aos eleitores; pertence ao Partido dos
Trabalhadores. Ou seja:
Votar em um candidato petista é o mesmo que
votar no PT.
E votar no PT é o mesmo que votar no aborto.
A
imensa maioria dos eleitores não sabe (ou não sabia) disso. O vereador eleito
com maior número de votos foi Pedro Mariano (PP), justamente o autor da
Proposta de Emenda à Lei Orgânica n. 13 de 2012, que suprimiu da Lei Orgânica
do Município de Anápolis (LOMAN) o parágrafo único do inciso X do artigo
228, que previa a prática do aborto pela rede pública de saúde. Maciçamente
contrários ao aborto, os anapolinos não sabem que favorecerem o aborto ao
elegerem candidatos petistas.
Há
quem pense que a emenda à Lei Orgânica que suprimiu o aborto foi sancionada
pelo prefeito Antônio Gomide. Isso não é verdade. Uma emenda à Lei Orgânica
é votada em dois turnos pelos vereadores e, uma vez aprovada, é promulgada
pela Câmara Municipal (cf. art. 48, LOMAN). O prefeito não tem parte no
processo legislativo. Não pode vetar nem sancionar a emenda.
Se,
porém, a aprovação de uma emenda tivesse dependido do prefeito, não será
que ele a teria vetado? O motivo teria sido óbvio: a existência de uma lei que
favorece o aborto é extremamente cara ao PT. Revogar tal lei seria contrariar
as diretrizes do Partido. Em particular, seria contrariar o que foi
expressamente resolvido pelo III Congresso Nacional do PT: a descriminalização
do aborto e a regulamentação do atendimento a todos os casos no serviço público.
É
verdade que o Partido pode dispensar o político de cumprir uma decisão
coletiva, quando houver “graves objeções
de natureza ética, filosófica ou religiosa, ou de foro íntimo”. Mas
isso só “excepcionalmente”
(art. 13, XV, Estatuto do PT). Se o Partido disser “não”, o filiado é
obrigado a agir contra sua consciência.
Em
se tratando da causa abortista, se o prefeito tivesse o poder de vetar uma
emenda antiaborto, jamais o Partido o teria dispensado desse “dever”. Se o
prefeito, alegando ser católico, insistisse diante da Comissão Executiva do
Diretório do PT que não poderia vetar aquela emenda, o Partido teria um
argumento irrespondível: “Se você é tão
intransigentemente contrário ao aborto, por que se filiou ao PT? Está
esquecido do compromisso partidário que assinou e registrou em cartório?”.
Não
nos iludamos. Há duas bandeiras irrenunciáveis para o PT e inaceitáveis para
o cristão: o homossexualismo e o aborto. Nosso prefeito já manifestou sua adesão
à primeira bandeira, promovendo as marchas de “orgulho” (!) homossexual em
nossa cidade. Infelizmente, a segunda bandeira poderá manifestar-se no futuro.
Então, os que votaram nos candidatos do PT terão motivo de amargo
arrependimento. Queira Deus que nas próximas eleições tirem, então, também
as necessárias consequências.
Anápolis,
6 de novembro de 2012.
Pe.
Luiz Carlos Lodi da Cruz.
Presidente
do Pró-Vida de Anápolis.
[1]
Resoluções do 3º Congresso do PT, p. 80. in: http://www.pt.org.br/arquivos/Resolucoesdo3oCongressoPT.pdf
[2]
Estatuto do Partido dos Trabalhadores, Redação final aprovada pelo Diretório
Nacional em 09/02/2012, in: http://www.pt.org.br/arquivos/ESTATUTO_PT_2012_-_VERSAO_FINAL.pdf
[3]
DN suspende direitos partidários de Luiz Bassuma e Henrique Afonso, 17 set.
2009, in: http://pt.jusbrasil.com.br/politica/3686701/dn-suspende-direitos-partidarios-de-luiz-bassuma-e-henrique-afonso
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